quarta-feira, 8 de junho de 2011

(pra curva do diabo)

eu, todos os dias perguntava pra ele:
- tudo bem?
ele me dizia:
- com certeza;
até aquele dia,
que ele saiu correndo,
como eu nunca tinha visto;
correu pro último andar,
sentou-se,
com um choro escondido entre os braços,
nada pude fazer;
chamei:
- ei,
ele disse:
- porquê? me diz!
eu disse:
- cara, é assim, acontece!
ele disse:
- não, não é assim!

e saiu...






segunda-feira, 6 de junho de 2011

(o novo céu, é pra lá)

e é lá,
que o tempo perdido faz sentido,
que não existe conceito de nada,
que não existe nada sem um sentido,
e sentir não é incomum,
e morrer não tem conjugação verbal,
é lá,
que tudo vai ser entendido,
e que as trapaças que fizemos em vida,
serão esquecidas,
e que meus dez amores,
cantarão contentes,
e eu,
e vou estar só,
porque é o que estou tentando dizer:
- o novo céu, é pra lá!