quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

não sou alguém pra se amar,
me esqueça,
me deixa,
me ignore,
como o mundo fez,
não perdoe,
não seja diferente,
não sou,
e só de ouvir você falar só dele,
isso me faz saber,
o quanto não posso concorrer,
é o mundo,
então por favor,
não seja,
não queira,
não ouse,
porque se eu te amar,
provavelmente,
não vou saber o que fazer,
porque eu,
não sou alguém pra se amar;

Então a gente faz coisas na vida que o tempo não apaga;

Eu estava sentado,
pensando no mundo,
pensando no tempo,
aquele tempo que tinha perdido;

Me veio a saudade,
e a vontade de estar,
e o sonho de uma vida que talvez fosse,
não foi;

sou o erro,
e facilmente me perco de alguém,
sou fraco,
e facilmente te quero pra sempre;

mesmo não tendo razão,
é meu jeito de dizer amor,
errado,
insolente;

num tempo que nem sei onde vai dar,
estou,
encontrando saída pra essa nobre vida,
eu sei que vou perder;

mas não pense que eu quis,
só não sei como fazer,
e esse nosso tempo vai,
como tudo que na vida vai;

Então a gente faz coisas na vida que o tempo não apaga;

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Era um tempo fraco,
uma vida meia boca e sutil,
donzela parida em berço de ouro,
eu lembro,
você não;

não me incomoda não saber nada de ti,
e não poder estar contigo sempre,
porque da tua vida soube agora,
e tua riqueza não me atende,
hoje é segunda, entenda!

sou teu amor,
tua briga,
teu céu, quando na verdade sou bem mais inferno,
obrigado!

me ligue, me chame,
eu,
nem sempre vou,
não quero, mas te quero,
outro dia;

me ame, mas fique a vontade,
não sou dono do mundo que é teu,
eu,
sou eu;

me encontre agora,
ou vá,
não dá!
é simples,
esse fui eu que você escolheu;

agora por favor,
uma vida meia boca e sutil,
donzela parida em berço de ouro,
eu lembro,
você não?

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

[strong drink]

quando você prevê o futuro,
coisas na vida ficam difíceis;

então com cigarros resolvi boa parte do mundo em mim;

chorei, como se a vida nem fosse sempre assim,
depois de tanta vida aqui contigo,
prevejo a desilusão de alguém que nem tem nada;

na fantasia, eu acordo nos dias cinzas,
morro dos dias de sol,
moro na água e na sujeira do prazer momentâneo,
a juventude me assola;

fui cabresto de pobre,
e espargo de receita podre,
tomei um porre de água e vinho,
fui,
sim, eu fui;

e daquilo que sinto,
sinto raiva,
por não conseguir ser mais,
mais que já sou,
na riqueza eterna que abandonei;

eu quis e escolhi o futuro,
não tenha medo de enfrentar o amargo,
porque de doce, me basta a bebida forte,
dos dias em que você não está aqui,
eu quis e escolhi o futuro;

então não tenha medo;

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

[around]

você pouco sabe,
mas as chances de dar errado são muitas,
viver por si só é um risco,
e amor então, nem se fala;

saber do risco,
é o poder de manipular o corpo,
e da mente ser dono,
do olhar;

com tanta coisa e raiva nos olhos,
se vai,
e mal sabe que na esquina se encontra de novo,
novo amor;

de dor sofrer, se entrega,
maldade amiga então pega,
pela mão,
maldita mão que acaricia o pescoço;

engana e sufoca,
mata,
mas se mata, então que mate por ter,
e não se mate, por simplesmente perder;


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

[pleasure single]

é do mundo,
um mundo não meu,
e um tempo que não vai passar,
daqui vou encontrar espaço pra mais,
porque pode ser que canse de uma só vez de tudo isso;

não tenho esse brilho aí de fora,
e a minha loucura faz tudo errado,
do amor, sou tonto,
e nem sei pra onde esta noite vai me levar,
quero a graça,
mas você se esconde;

então, é daí,
e não minta que não foi um dia,
porque conheço mais da vida que qualquer coisa,
e se me engana,
não é bem a mim que é assim,
porque vou ali,
e já volto;

e de fugir,
o costume vai sendo vício,
enquanto só vê passar,
enquanto só vê ir embora,
e o que de bom tem nisso,
é só o prazer,
e a graça de poder dizer ser livre;




quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

[love hurts]


Talvez o que eu queira é um amor de verdade,
um amor que não tive,
um amor que talvez eu tenha tido e perdi,
algum dia, esqueci;

Esqueci o sabor daquilo que chamam de amor,
não sei quando é e quando não é,
o "pra sempre" pra mim não existe,
estou perdido,
porque tudo o que fiz foi amar;

Eu tinha amores bobos de infância,
duraram demais pra mim,
e por tudo isso eu quis fugir,
e fui, eu fugi;

Agora me pego desistindo,
e poupando frases de "eu te amo",
e pense só,
eu, que escrevia canções de amor,
agora não tenho certeza;

E esse é o medo, da incerteza,
então não sei aproveitar a vida como você pensa,
porque não gosto tanto assim do agora,
quando sei que ele pode passar,
meu coração dói;

Então eu vou fazer o que nunca fiz,
porque em algum momento fui ferido de morte,
e morri,
agora sou só capa de amor,
não tive escolha;

Talvez eu fuja,
porque eu te quero nos meus braços,
porque você me faz bem,
e eu te quero comigo cada vez mais,
e alguns amigos tem me perguntado:
- O que você vai fazer?

Eu digo:
- Sente-se aqui, vamos fazer silêncio por cinco minutos,
porque eu não tenho a menor ideia do que vou fazer;