sexta-feira, 15 de junho de 2012

se estou errado, nunca vou saber;


a porta que leva pra fora,
leva também pra dentro,
de um mundo só,
atrás dos muros que é difícil ser capaz de transpor;


quando te dei as chaves, criei um novo mundo,
aquele mundo novo,
não este,
é assim que é;


e se aquelas câmeras que nos vigiam sempre,
ao menos nos fizessem ser vistos, 
e diminuíssem a solidão do mundo;
que lá fora tem;


se os olhos que nos veem,
também fosse capazes de querer o bem,
e se as palavras já não matassem,
ou se o mal simplesmente não vencesse;


acho que a parte certa da vida mesmo;
é que ao final de tudo,
você acaba sozinho,
e ninguém vira pra te salvar;