sábado, 29 de dezembro de 2012

Maior que o mundo!

Eu lembro de todo tempo em que estava só,

solitário em casa pensando e preservando todo sentimento de glória humana,
enriquecendo a mim mesmo com as tuas bobagens e as tuas cartas clonadas,
a tua cópia do mundo me irritava profundamente;

Era dificil pra ti, mundo, entender que eu não queria você,
eu não queria ser você,
apenas me escondia em capas e mascaras,
pequeno em silêncio;

A minha força encolhi,
e até deixei você seguir meus rastros,
pra você saber que não quero essa tua glória,
dos tempos em que eu era pequeno;

Eu olho e vejo as pessoas indo e vindo,
e fazendo coisas que elas acham legais, 
e dizem que todo mundo deveria fazer,
mas não, mundo, eu não quero essa tua glória pequena;

Por trás de todos os olhos, 
eu vejo a confusão,
de quem está convicto de sua razão,
quando dentro de si não se completa nunca;

Mas é assim,
a tua glória pequena eu passo,
os teus amigos eu não quero ter,
nem tu, aqui!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

...

Frio de inverno, 
pensamento de passagem, 
frio de inverno,
não busco a perfeição,
nem a perdição,
nem o tempo que passou,
penso no frio,
frio de inverno;

sexta-feira, 15 de junho de 2012

se estou errado, nunca vou saber;


a porta que leva pra fora,
leva também pra dentro,
de um mundo só,
atrás dos muros que é difícil ser capaz de transpor;


quando te dei as chaves, criei um novo mundo,
aquele mundo novo,
não este,
é assim que é;


e se aquelas câmeras que nos vigiam sempre,
ao menos nos fizessem ser vistos, 
e diminuíssem a solidão do mundo;
que lá fora tem;


se os olhos que nos veem,
também fosse capazes de querer o bem,
e se as palavras já não matassem,
ou se o mal simplesmente não vencesse;


acho que a parte certa da vida mesmo;
é que ao final de tudo,
você acaba sozinho,
e ninguém vira pra te salvar;




quinta-feira, 17 de maio de 2012

acho que é da vida,
acostumar com as passagens de ida e volta,
que a gente sempre tem no bolso;

acho que é do tempo descartar as mágoas,
e também os sorrisos mais sinceros,
que gente sempre tem no rosto;

acho que é da vida,
acho que é do tempo,
acostumar, descartar,
os sorrisos mais sinceros, as mágoas, as passagens,
que a gente sempre tem no bolso,
que a gente sempre tem no rosto;


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

- espirro de carnaval - 


do carnaval do bloco, invoco sem eu, 
a certeza magoada de ter sol sem praia, 
de ter tempo sem jardim pra passear;


invoco a paisagem mais longa, 
e o apelo mais sincero da sociedade contrária, 
no final, nada vai mudar;


é a saudade acabada, 
é a mudança parada, 
intacta verdade e severa;


vai ser tarde ou cedo,
como o carnaval se vai, 
com toda tinta pra esconder o nu;


nulo, 
nem bom, nem ruim,
nada;


se vai - 



sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

sweet


como o ar,
como o chão,
como o vento forte,
certo,
nem tão exato, mas certo;


pensamento, 
certeza, 
mesmo que as vezes parece passar, 
é uma passagem de ida e volta;
volta, é claro, 
pros braços, pro abraço;


sorriso, 
cheiro,
saudade exagerada, 
é assim, 
e simples,
doce,
brega, as vezes;

na verdade não importa,
o que importa é a certeza, 

como o ar,
como o chão,
como o vento forte,

mesmo que as vezes parece passar, 
é uma passagem de ida e volta;
volta, é claro, 
pros braços, pro abraço;