sexta-feira, 27 de novembro de 2015

lata,

bate joga pisa
róla
some
volta
some
liga
nem teu filho
sem razão
proporção
me dói culpar
sou tua imagem
foge
tenta
abraça
vem chorar comigo
que é pro outro
não pra mim,
esse amor

domingo, 22 de novembro de 2015

/por mais cafés/ de dois

joga na minha cara o teu amor, cara;

me fala teu jeito,
vem ser,
não me conte o que eu sei,
nem minta,
me joga direto,
sem devaneios,
não quero a metade,
quero tudo;

quero o desprezo,
e a glória,
não a metade dos dois,
teu amor não me ofende,
antes me alimenta,
sem vir;

não bata a porta,
com esse teu amor prático,
vem adoçar o amargo,
desse nosso café,
com menos pareceres,
e papéis pra representar;




quinta-feira, 19 de novembro de 2015

/sobre correr na chuva/


devo ter te amado por uns dois dias;

eu ia,
e capaz que nem voltava mais;

capaz que eu viajasse mesmo pra longe,
que fosse estudar moda,
fosse correr na rua,

capaz que me jogasse ao mundo,
que escolhesse a tua paz,
e a tua energia,

capaz de ser até melhor que agora,
de ser pra vida,
de ser genuíno;

mas não, nem foi,
por uns dois dias,
e capaz que nem voltava mais;

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

/deus/

acorda,
nem acredito nessa porra toda,
é sério,
só sente,
a droga,
o coração,
e daí,
sério,

e daí