bate joga pisa
róla
some
volta
some
liga
nem teu filho
sem razão
proporção
me dói culpar
sou tua imagem
foge
tenta
abraça
vem chorar comigo
que é pro outro
não pra mim,
esse amor
domingo, 22 de novembro de 2015
/por mais cafés/ de dois
joga na minha cara o teu amor, cara;
me fala teu jeito,
vem ser,
não me conte o que eu sei,
nem minta,
me joga direto,
sem devaneios,
não quero a metade,
quero tudo;
quero o desprezo,
e a glória,
não a metade dos dois,
teu amor não me ofende,
antes me alimenta,
sem vir;
não bata a porta,
com esse teu amor prático,
vem adoçar o amargo,
desse nosso café,
com menos pareceres,
e papéis pra representar;
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
/sobre correr na chuva/
devo ter te amado por uns dois dias;
eu ia,
e capaz que nem voltava mais;
capaz que eu viajasse mesmo pra longe,
que fosse estudar moda,
fosse correr na rua,
capaz que me jogasse ao mundo,
que escolhesse a tua paz,
e a tua energia,
capaz de ser até melhor que agora,
de ser pra vida,
de ser genuíno;
mas não, nem foi,
por uns dois dias,
e capaz que nem voltava mais;
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
/deus/
acorda,
nem acredito nessa porra toda,
é sério,
só sente,
a droga,
o coração,
e daí,
sério,
escreve, só escreve,
mando no teu braço,
no teu papel e na tua caneta,
sofre, que é pra te ver escrever mais,
apaixona, que é pra você só fazer isso,
escrever!