sexta-feira, 21 de agosto de 2009

{quando eu assumi que a felicidade e o amor são possíveis}

Em teu orgulho encontrarei a paz,
diferente das coisas que escrevi antes,

Em dias melhores tenho me pego sorrindo,
sozinho,
à toa,
sereno;

Por razões controvérsias às vezes eu quero me distanciar,
É aí que não encontro motivos pra isso
e sou levado a te ver de manhã,
amanhã

Seria idiota se negasse o seu bom sorriso,
ou sua árdua sinceridade,
quando me perco nas palavras,
eu, homem velho

Devia saber que não sou mais pequeno,
Não quero entender,
Nem aceitar passivamente a solidão,
Justo agora, que encontrei razão

Desfaço algumas palavras
que disse
sobre amor e felicidade,
por ti

Embora não ao certo sei dizer que sinto
mas sinto um sorisso aqui
simples
perdido, amistoso

Em palavras bobas
que penso sempre no que vou dizer
Nesta sensação de vida
não preciso viver pra sempre

Apenas o suficiente pra te ter aqui,
comigo,
quando eu sonho com uma nova vida
e posso ver além desta vida normal

Em teu orgulho encontrarei a paz,
diferente das coisas que escrevi antes,
antes de tí,
.....


Aus Demis

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

{...quatorze as dez e trinta...}

Queria poder arrepender-me,

Sem saída me vou adiante,
da luz radiante da sobriedade,
nem dá pra saber
aquilo que vão dizer;

O mundo de nós,
passa,
passado,
nunca estaremos a sós;

Há uma conveniência em tudo,
com relação a amor,
brega amor,
chato amor;

Posso perder vidas inteiras,
perder-me de mim a de ser consequência,
da dor da saudade,
do coração a ardência;

Assim se vai,
saudade vai,

Perder-me em dias,
perder-me em horas,
em vidas,
em amores,

Em palavras,
queria poder voltar atrás,
queria poder arrepender-me,
mentira;


Aus Demis

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

...{dualidade}...

Eu, amor?

Perguntas se sou mais que olhares,
perguntas se sou mais que desejos passageiros,
perguntas se sou mais que tudo isso,
se sou mais que eu mesmo;

Por que?
Por que queres saber de mim?
Quem sou, pra onde vou?
Se vou estar aqui por mais um dia, pra te ver?

Nas manhãs, nos dias em que a luz pra mim brilha melhor,
Não consigo deixar de passar por aqui,
Como se fosse instinto,
Eu quero sair;

Sair deste mundo crescido,
Insano, insensível, ligeiro,
Cansei de passar pras pessoas,
De deixar que me façam qualquer;

Eu tenho que aceitar,
Por que?
A questão não é sobre amor,
Nem quantas dias vou estar aí;

É sobre aqueles que me olham,
que não me intimidam,
e nem sabem quanto vale o perdão,
nem nunca saberão;

Eu falo da respiração,
dos dias em que tenho dúvidas de mim mesmo,
em que tenho medo da glória do mundo,
tenho medo do homem que sou;

Sobre o amor que teria contigo,
Somente o tempo me dará razões,
Vejo em teus olhos se posso arriscar,
ainda não sei;

Não sei muita coisa,
sobre as coisas que posso dizer,
Apenas não pense comigo,
não sei responder ao certo;

Eu, amor?


Aus Demis