quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

[gateway]


Pergunte na porta ao entrar, 
do tempo e da saudade passada,
questione a vida, 
e venha morar comigo;
despeje a vontade;


e não se contenha,
é do sorriso que falo,
e do dia-a-dia eterno;
entenda como um pensamento só,
e não me procure quando eu acordar,
porque de coração escorre a lágrima, 
e nada, nada vai me colocar nos trilhos de novo;


é sobre o desconhecido e a vontade de estar,
é sobre o tempo e a certeza,
é sobre algo de dentro, que talvez agora você não entenda, 
mas se um dia quiser saber;
pergunte na porta ao entrar;

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

laugh at themselves


A certeza da passagem,
do abraço, 
da saudade,
agora de verdade me sinto feliz, 
sem ofensas,
sem mágoas,
quem dera sim pudesse ver,
em outros tempo este sorriso em mim,
não por culpa da vida, 
nem pelas pelejas ruins,
porque tudo me trouxe até aqui,
e se hoje de passagem posso andar ao seu lado,
que a graça me faça cada vez mais bobo,
e essa vontade de nunca partir esteja sempre aqui.
a certeza da passagem,
do abraço, 
da saudade,
agora de verdade me sinto feliz, 
sem ofensas,
sem mágoas,
quem dera sim pudesse ver,
em outros tempo este sorriso em mim;


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

little home


Eu tenho a sorte de um amor descente;
elegante e simples;


e se as palavras não me vierem sempre,
saiba que de amor eu vivo ao teu lado,
mesmo que eu pareça incerto, 
é contra os males do passado que luto todos os dias,
e a força que tenho, nunca foi só minha,
não nesses dias contigo;


se amanhã por alguma razão este sol não nascer,
brega ou não,
te farei um poema de amor,
por todos os dias ao teu lado,
eu, que em falhas tento me acertar;
de alegrias me faço acordar;


a mim não me resta outra vida, 
e não porque não tenho mesmo,
mas porque não quero, 
e se o pra sempre existir,
então que ele aconteça agora,
enquanto tenho a vida que eu quero;
ao teu lado;

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

(per canto)

é assim,
da fonte tão bela,
a natureza das coisas,
e dos sorrisos,
razões,
tolas razões,
e sobre o futuro eu digo apenas:
deixe seu coração voar,
e aceite aqui a parte mais doce,
da vida,
porque se tiver que ser apenas um sonho,
então faça-me aceitar que um dia vou acordar,
enquanto isso,
vejo cachoeiras,
e águas correndo,
vejo o tempo passando,
e dois sorrisos,
a natureza das coisas,
da fonte tão bela,
é assim;

sábado, 27 de agosto de 2011

(o melhor do mundo)

Vou estar sentando na calçada,
vendo a chuva cair,
vendo o tempo passar;

Vou lembrar das nossas conversas de escada,
no tempo em que a gente era só pequeno,
e nada perturbava aquela brisa;

Na praia de inverno,
nos corredores do metro,
nos terminais;

Lá, lá estava a certeza do amanhã,
sozinho,
enquanto decolava pra longe o meu querer;

e o céu não era o limite,
e o mundo nem era tão mal,
pequeno me perdia sempre;

Então vinha,
e me pegava pela mão a vida,
e me tentava (me) achar;

me devolver,
e nada do que fazia,
fazia algum sentido;

Porque aquilo,
aquilo era o melhor,
o melhor de tudo;

O melhor do mundo;


Aus Demis

sábado, 20 de agosto de 2011

(procuro esconderijo)

vai de encontro a todas as possibilidades,
estar, de estar sendo,
longe,
lágrima, esconderijo,
pensamentos em palavras a mais,
dizer, sem mais silêncio,
o que vai ser,
não posso acordar assim,
nem dormir pra sempre,
vai doer toda mágoa,
bobagem,
neste mundo só.
sabe,
erro, sem voltar,
sem acertar,
daqui pra frente,
de onde,
se esconder, fugir,
querer, ser,
não ter, não poder,
saber,
calma;

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

-sky of dream-

não se preocupe,
luzes vão te guiar até em casa,

nas noites mais estranhas,
em que todo tipo de perseguição eu sofrer,
e eu acordar gritando;

pode ser que eu me perca,
e você volte a me aparecer em sonhos,
como o desconhecido;

é estranho que seja real,
toda a nobreza das palavras,
e todo o abandono;

mas sabe,
tudo na vida tem conserto,
a perfeição está bem longe daqui;

e se por acaso ficar muito difícil pra você,
não vou culpar os seus passos largos,
nem a sua vontade de buscar abrigo;

talvez seja muita coisa pra consertar,
de qualquer forma,
sempre que você se sentir perdido;

e alguns sorrisos te incomodarem,
e você sentir que a noite está mais fria,
e o caminho está mais estranho;

não se preocupe,
luzes vão te guiar até em casa;

quinta-feira, 18 de agosto de 2011



(As vezes pode ser como um fogo de artifício,
as vezes há alguma razão pra tudo isso,
e que talvez o melhor pra você,
não seja o melhor para o mundo,
se as palavras as vezes ignoram,
e se nada vai acabar sendo,
senão apenas um belo espetáculo,
uma faísca pode se perder,
ou pode começar um incêndio,
de qualquer forma,
as vezes pode ser como um fogo de artifício,
as vezes há alguma razão pra tudo isso,
e que talvez o melhor pra você,
não seja o melhor para o mundo)




quarta-feira, 8 de junho de 2011

(pra curva do diabo)

eu, todos os dias perguntava pra ele:
- tudo bem?
ele me dizia:
- com certeza;
até aquele dia,
que ele saiu correndo,
como eu nunca tinha visto;
correu pro último andar,
sentou-se,
com um choro escondido entre os braços,
nada pude fazer;
chamei:
- ei,
ele disse:
- porquê? me diz!
eu disse:
- cara, é assim, acontece!
ele disse:
- não, não é assim!

e saiu...






segunda-feira, 6 de junho de 2011

(o novo céu, é pra lá)

e é lá,
que o tempo perdido faz sentido,
que não existe conceito de nada,
que não existe nada sem um sentido,
e sentir não é incomum,
e morrer não tem conjugação verbal,
é lá,
que tudo vai ser entendido,
e que as trapaças que fizemos em vida,
serão esquecidas,
e que meus dez amores,
cantarão contentes,
e eu,
e vou estar só,
porque é o que estou tentando dizer:
- o novo céu, é pra lá!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

(desesperar)

Acho que o esperar não é mais tão preciso quanto antes;

Cinco, dez, vinte,
todo tempo necessário eu estive,
mas compreendi bem,
o que não é mais,
agora entendo bem o termo,
segundo plano;

Simplesmente não vem,
como as vezes também nunca vai,
e na minha mente ficam apenas,
apenas,
coisas que eu nem sei de onde são;

E não tem porque ser mais,
tem apenas o que foi,
apenas o que nunca fui,
deixo assim esperando;






quinta-feira, 28 de abril de 2011

(a menina do capuz)

Eu sou o lobo,

é quando a glória desse mundo,
se virá contra,
é quando a graça de ser do contra,
se torna todo poder;

e o medo se vai,
e a pergunta:
- por quê?
finalmente tem resposta;

desculpe se não tem graça.
o mal que encomendei pros teus lindos olhos,
eu que era bom,
fui enganado pela beleza;

mas meu instinto não erra,
meu faro não mente,
porque eu não sou bom,
eu sou o lobo;


quarta-feira, 20 de abril de 2011

(bebi, chorei, dancei, sorri)

a melhor festa da cidade;

Solta a música,
nos embalos eu vou indo,
vou cantando, vou dançando;

do meu lado só,
só o que eu quero,
o que você não pode levar;

estou bêbado,
cantando, e ligando pra todo mundo,
pra ti, nem sei, vou ligar também;

e se não ligar,
é porque alguém ocupou minha vida,
ocupou teu lugar;

só uma noite eu sei,
mas olha,
estou bem;

porque aqui onde eu estou,
é sim,
a melhor festa da cidade;

solta a música,
porque eu já chorei,
agora vou sorrir;

estou bêbado,
cantando, e ligando pra todo mundo,
pra ti, nem sei, vou ligar também;

e se não ligar,
é porque alguém ocupou minha vida,
ocupou teu lugar;

só uma noite eu sei,
mas olha,
estou bem;

porque aqui onde eu estou,
é sim,
a melhor festa da cidade;


quinta-feira, 14 de abril de 2011

- das coisas coisas que eu fiz -
(quando o velho volta a ser garoto)

Então eu corri pro telefone,
pra falar sobre mim e sobre minha vida,
aos dois minutos de conversa,
do outro lado, já não era mais você;

É tarde, quase uma da manhã,
eu, eu só queria um amor,
mesmo que passasse um dia,
porque o "pra sempre" sei que não existe;

Eu, imperfeito é claro,
desliguei,
fui chorar,
banho quente, chá e bolacha;


quarta-feira, 13 de abril de 2011

( )

Tá bom,

Me deixe chorar enquanto espero tua resposta,
me ignore ao máximo que puder,
e diga: - quanto drama!

Olha, eu passava na rua há semanas atrás,
e todo mundo dizia:
- cara, ela quer muito você, faça alguma coisa!

Eu fiz,
E fiz o que tinha que fazer,
mas sabe, não sou alguém pra se querer,

Ainda mais pra sempre,
então vou poupando a minha dor,
e vou suportando o adeus aos poucos;

Porque no final,
não vou poder ser mais do que eu mesmo,
e depois de tanto chorar, vou ouvir:

- Tá bom!


segunda-feira, 28 de março de 2011

poxa, pelo tempo em tudo que me alegra, tenho estado sóbrio, desta vez a alegria parece ser real, não precoce, não momentos, aliás, bons momentos, mas não sou desse que sai na rua pra comemorar, nem compro roupas novas pra andar no centro, nem saio de óculos escuros pra me proteger do brilho; ah, desculpe, é uma coisa que me vem, um sentimento de lucidez, quando não posso concorrer com o mundo, então vem, e de novo vem, e por muitos instantes não quero que se vá, insistindo ainda nessa linha tênue da razão, eu quero chegar antes; poxa.

quinta-feira, 17 de março de 2011

- que você preza pelo meu amor

parararará! parará! pará!

poxa, se me ama, então me queira,
me deixe contigo,
não com o mundo vagabundo,
sozinho,
instável,
não me detenha em desprezo,
nem me queira longe,
ai,
isso dói de vez,
porque é o que me fez te buscar,
e pode ser que eu te encontre de novo;

parararará! parará! pará!

quinta-feira, 10 de março de 2011

[Winter Winds]
Trechos para se ler com trilha sonora - (parte em inglês extraída da música "Winter Winds" da banda inglesa Mumford and Sons)

And my head told my heart
"Let love grow"
But my heart told my head
"This time no
This time no"

Dê uma chance, só uma chance;
então o medo de perder voltará,
e você descobrirá que existem boas pessoas,
talvez alguém que sorri sinceramente pra você,
e que te compreende nas coisas mais complicadas,
rindo das esquisitices só suas;

And my head told my heart
"Let love grow"
But my heart told my head
"This time no
This time no"

Talvez tudo o que você precise é se surpreender,
e perceber o quanto está errado,
deixar fluir o quanto de vida ainda lhe resta,
e amor ou não, deixar entrar o que é bom;

And my head told my heart
"Let love grow"
But my heart told my head
"This time no
This time no"

Dê uma chance, só uma chance;
então o medo de perder voltará,
e você descobrirá que existem boas pessoas,
talvez alguém que sorri sinceramente pra você,
e que te compreende nas coisas mais complicadas,
rindo das esquisitices só suas;

And my head told my heart
"Let love grow"
But my heart told my head
"This time no
This time no"





sexta-feira, 4 de março de 2011

[Little Eyes]

Eu nunca vou acostumar com a ideia da sua partida,

A medida em que seus olhos vão se concentrando,
e que vou ouvindo coisas da sua boa que não se pode segurar,
largando involuntariamente a razão,
e deixando-se para a vida,
como em letras de novas canções,
cantadas ainda sem melodia,
o envolver das mãos vai formando as notas e os sons;

Onde eu estava?

E mesmo que o amor seja mais barato pra meia dúzia de pessoas,
pra outro tanto ele faz sofrer,
e bem que ele me avisou sobre o amor,
e também eu mesmo já sabia da dor,
mas não consigo me lembrar,
por isso talvez apenas deixe chegar,
essa coisa de querer estar junto;

Onde você estava?

Acabando por usar bem mais pronomes do que antes,
só frases,
arriscando-se a colocar um pouco mais de vida nessas sensações,
foi ficando,
e você me dizia:
-vá pra casa!
e eu te dizia:
-vá pra casa!

Onde nós estavamos?

E foi ficando,
como quem já sente a falta de um dia,
porque não foram dias,
mas eu vou fingir que nem sei quanto tempo,
porque bem que não faz diferença,
vai ficando;

E eu nunca vou acostumar com a ideia da sua partida;

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

[Do que me basta]

Eu era star antes de estar;

Antes que você viesse o mundo era meu,
e todos aqueles caras eu podia ter,
e todo aquele mundo era só bobagem,
sem razão andava pra qualquer lugar,
de bar em bar minhas amigas me diziam,
o quanto esse mundo era meu;

Minhas roupas eu rasgava todas,
e meu salto alto que nunca calcei,
vermelho cor de sangue,
desprezava por uma vida mais livre,
eu era livre,
meu sorriso sempre encantou a todos,
e ganhava muitos com poucas palavras;

Ah, se eu me entregasse mais,
talvez nem sobrasse tempo pra mim,
meus olhos de rímel,
minha maquiagem bem feita,
minha roupa mais provocante;

Tudo, tudo o que eu queria era meu,
todas aquelas vidas,
todas aquelas paixões,
todo aquele desespero noite a dentro por mais,
Tudo;

Mas daí veio você,
e me tirou tudo,
tudo isso,
hoje, eu só tenho o seu amor,
mais nada;

Eu era star antes de estar;

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

[nem pain]


Não me pergunte onde ela está, que eu também não sei;

Não sou bom o bastante pra fingir não me importar,
com essa mágoa boba que me vem,
insisto em te dizer que sou pequeno,
não posso, não posso mesmo concorrer com você mesma;

Reconsiderei minha insiginificância,
e é bem fácil que eu simplesmente vá correr pra longe,
porque fui enganado milhões de vezes,
agora, agora só estou tentando viver;

Não vou usar meu nome pra ser mais forte,
nem vou impor regras tolas,
só não posso implorar amor,
não posso, não posso mesmo concorrer com você mesma;

Tem cinquenta pessoas querendo você,
e outras trinta querendo me ver longe,
aprendi muita coisa com choro, e me tornei imortal,
agora, agora só estou tentando viver;

Me dê as costas, uma vez, desculpe, mas sem querer,
vou achar que você é como as outras,
porque eu sou fraco,
não posso, não posso mesmo concorrer com você mesma;

Então por favor,
Não me pergunte onde ela está, que eu também não sei;



segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

{dez e meia}

Penso no quanto é bom não ter alguém,

não todo alguém,
mas alguns alguéns,
alguns que se perdem fácil,
alguém que se ilude e passa,
alguns são paixões,
de alguém que nem sabe,
alguma ilusão barata de ter,
um ciúme de alguém que tem muitos,
alguns;
alguéns;

não tudo de alguém,
mas a parte que alguns não querem,
que alguém tem pra dar,
sem se importar como alguém vai sofrer,
é o que há de alguns,
não interessa isso de alguém,
por isso alguns não me atraem,
e se atrem logo alguém me abre os olhos,
porque alguns vale a pena ter,
mas sobre esses outros:
penso o quanto é bom não ter alguém;

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Te-la


Deixa a vida ser cinza que eu vou ali morrer, já volto;

É de tanto querer que se perde,
é de tanto amar que se sofre,
eu tenho certeza de que tudo é incerto,
e depois, depois nem vai ser,
porque durar,
é bobagem,
e tudo é só um período que vai passar,
desculpe amor,
eu era bem mais homem,
quando enfrentava o mundo,
mas a verdade é que chorei bem mais,
agora, eu simplesmente não estou nem aí,
e se quiser vir pra cá, que venha,
eu,
vou ali morrer,
já volto;


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

100

Sem destino, mesmo depois de três,
mesmo depois do tempo, mesmo depois de tanto,
não tem porque buscar,
nem pra quem mandar,
nem porque em tudo achar sentido,
é certo que vai se perder,
porque não tem pra que, nem pra quem,
nem porque;

se não a graça de ser só mais uma;

100

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Peculato

Parece, mas não sou esse cara que vai te deixar um dia,
sei as besteiras que fiz,
e sei que as lágrimas são culpa minha,
mas você tem que saber,
eu estou aqui;

Não pense que vai ser igual,
ou que simplesmente você deve se virar sozinha,
você não precisa de mim,
eu sei,
essa sua independência me torna maduro;

E se por algum momento,
alguém pensar em brincar com a sua vida,
eu estou aqui,
e tenho certeza que não vai ter graça,
porque desta vez eu estou aqui;

Eu não sou Deus,
nem sou indestrutível,
minha imortalidade não é pra isso,
mas tenho certeza que não vai ter graça,
porque eu simplesmente quero estar contigo;

Pelos bons momentos que tivemos,
eu posso te guardar no bolso,
mas quero que você possa voar,
porque era isso que você fazia antes de mim,
apenas quero que você saiba que vou estar aqui;

E se por algum momento,
alguém pensar em brincar com a sua vida,
eu estou aqui,
e tenho certeza que não vai ter graça,
porque desta vez eu estou aqui;

Eu não sou Deus,
nem sou indestrutível,
minha imortalidade não é pra isso,
mas tenho certeza que não vai ter graça,
porque eu simplesmente quero estar contigo;



segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

(Break)

ela quebrou uma pedra,

não espere que da nossa boca saia amor,

nem que dos nossos corpos saia carência,
não espere nada, senão uma vontade de estar;


não cometa o erro de falar disso,
porque você, você não conhece nada,
você não conhece ela;


não me dê conselhos, nem me compare,
eu sei quem ela é,
eu sei o que ela quer, e não é nada disso que você fala;


por alguns segundos, mundo,
me deixe tentar,
não é fácil eu sei;


é caro, é difícil,
mas eu, eu era tão forte antes disso,
agora, ainda sou, mas já não sou pra ela;


ela quebrou uma pedra,
e não pense que você sabe do que estou falando,
você não sabe, você é o mundo;


você nem sabe quem você é de verdade,
por isso, não me de conselhos,
eu sei quem ela é, e não é nada disso que você fala;





segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

(dos dias inteiros)


Sinta falta do mundo,
porque de mim sei que não sentirás;

Te devolverei os amigos,
e te darei a paz,
te darei a fama,
e o poder;

Porque de cansaços fiz nossos dias,
e meus problemas são piores do que podes aguentar em paz,
eu, perturbador da mente alheia,
pouco te faço sentir;

Então sim,
minta que foi bom,
porque a morte vai vir igual pra todo mundo,
mas é mais lembrada para os que fingem mais;

Na roda da bondade dos homens,
dancei samba,
se fui mal,
foi escolha minha;

E tudo o que eu podia resolver,
não quis fazer,
porque você era mais forte que eu,
e o teu olhar me tomava;

Tive medo dos dias contigo,
você me ardia desprezo,
e um dia eu ia ficar só,
então não poupei bondades contigo;

Mas a lascívia do mundo me corrompeu,
e fui morar na noite,
embora contigo meu amor fosse um lixo,
e eu só fosse a metade de algo;

Te fiz tudo errado,
porque era fraca a saudade,
e só contigo encontrava paz,
mas bem pouco pude te mostrar;

Na roda da bondade dos homens,
dancei samba,
se fui mal,
foi escolha minha;

E tudo o que eu podia resolver,
não quis fazer,
porque você era mais forte que eu,
e o teu olhar me tomava;

Sinta falta do mundo,
porque de mim sei que não sentirás;



quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Perjúrio


Eu te vejo pequena e incapaz,
Essa tua força não me engana;

É uma solidão lenta e quase infinita de tudo o que vai passar,
dentro do peito gritos de desespero,
e um medo de mais uma vez perder;

Dali pra fora uma imortalidade convincente,
atraindo qualquer pessoa que queira passar,
uma lógica irracional, somada a um pensamento frágil;

Não culpo,
como não culpo o mundo por louvar o desprezo,
todo sentimento sincero é tolo;

Imortal só a glória do ser,
só o aprendizado vazio,
e aquilo que vai durar um dia, não mais;

Sei, e não estou errado,
das palavras que você me disse,
eu vejo;

Não tem pra onde ir,
senão entregar o corpo ao mundo,
por hoje, e só;

Até que a misericórdia dos dias durem mais,
até que a ferida na pele ensine,
eu, desejo sorte;

Sorte e palavras ao mundo,
e toda lascívia da juventude,
até que se vomite a vida inteira nos próprios pés,
E o choro não tenha consolo,

Eu, te vejo pequena e incapaz,
Essa tua força não me engana;





terça-feira, 25 de janeiro de 2011

(door inside)

Eu teria medo,

Eu teria medo se não tivesse certeza,

terceiro dia, décimo mês de lá pra cá,
alguém adentra a porta da casa,
vem em minha direção,
eu paro, respiro,
prendo o ar pela última vez,
com um olhar profundo me olha,
parecendo alguém que sabe bem o que faz,
mas não sabe exatamente o que vem depois,
então um beijo acontece,
sou levado a crer que não estou em mim,
e sou tomado por um ligeiro desespero,
e por uma glória que toma meu rosto e começa a sorrir,
eu perdi,
perdi toda a inviolabilidade,
toda afeição indestrutível,
agora sou porta de entrada,
e pelos muros alguém escala os lábios,
delirando, e sem qualquer consciência do amanhã,
ele, o amanhã, não devia existir,
mas você quebrou toda casca imortal,
e todo corpo que durava pra sempre,
se foi,
toda intolerância,
e todo deboche, se foi,
toda raiva, e todo desejo de fugir,
toda sanidade, e toda glória eterna se deixou seduzir pela inquietação,
pela perturbação da entrega,
pelo gosto,
pela vontade,
pelo desejo,
pelo pêlo,
pelo cabelo,
pelo cheiro,
pelo corpo;

Eu teria medo,

Eu teria medo se não tivesse certeza;


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

- vasto e vazio -

( sobre o saco de surpresas do mundo)


Procura-se!

Uma simples razão pra fazer tudo errado,

Uma instabilidade certa,

Uma dúvida que sempre vai existir,

Uma discussão que nunca acabe;

O intenso vazio que preencha a dor,

A flor que morra sem água,

O amor que se perca fácil,

Os dias tristes de força e resistência;

Alguma droga que faça sentir,

Alguma mentira que faça chorar,

Alguma alegria que não passe,

Um pedaço de crença em alguma coisa;

Um sentimento no meio do nada,

Um dia sem erro,

Uma noite sem perdas,

Um amor de verão;

Algo que se perca com bobagens,

Algo que seja só corpo,

Qualquer coisa vazia,

Qualquer sentimento barato,

Procura-se!


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Não vá!

Não enquanto o seu cheiro ainda estiver aqui,
enquanto teus lábios ainda quiserem me tocar,
não fuja,
só pelo você tem sido pra mim;

Não aceite seu sentimento de adeus,
só porque eu te abraço com vontade,
só porque você quer estar aqui,
e fazemos coisas que nos incomodam;

Deixe esse sentimento que não temos nos tomar,
por todo tempo em que estiver aqui,
venha, tome a minha vida,
e saiba: não vou ser igual;

Eu falo da glória do tempo,
e dos amores que a gente deixou,
falo da miséria dos sentimentos loucos,
doentes;

A gente sabe o que faz, e faz porque quer,
e faz porque é bom,
quando o tempo é pouco pra tudo,
fica a vontade;

Então eu, eu peço:
Não vá!
Não enquanto o seu cheiro ainda estiver aqui,
enquanto teus lábios ainda quiserem me tocar,

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

(Can't)

Como é que eu vou sair daqui,

Terceira com a quarta avenida,
você veio correndo do carro,
como se aquilo não pudesse ser evitado,
me abraçando disse:

- Ei, meu deus, quanto tempo!
Senti sua falta!
- Sentiu? Eu estive aqui o tempo todo.

Não me olhe como se dependesse de mim o mundo,
nem me veja como vagabundo porque não te esperei,
você, nem disse que voltava,
você, simplesmente não se despediu;

E agora, agora que é inverno,
que aquele casaco não te traz calor,
você desceu do carro e veio correndo,
me abraçando disse:

- Ei, meu deus, quanto tempo!
Senti sua falta!
- Sentiu? Eu estive aqui o tempo todo.



quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Protagonismo

(Sobre o quão feliz você pode ser - quando o protagonista abandona o elenco)


Tristeza é quando a sinceridade vira motivo de piada,

Não adianta você ter um milhão de pessoas ao seu redor,
se tudo o que elas querem é uma notícia no jornal,
não adianta ser engraçado,
se tudo o que elas querem é rir do momento em que você fala sério;

O conceito de ombro amigo se torna um megafone,
e o que é íntimo se espalha pro mundo,
e sei, podia te usar o tempo todo,
mas achei que podia voltar atrás das minhas decisões;

E pare de me dizer que estou fazendo drama,
porque vai me ofender a ponto de me fazer vomitar,
e as tuas palavras nunca mais vão entrar nos meus ouvidos,
desculpe, pelos dias que confiei no mundo;

Eu vou embora,
perdendo a maior parte da minha riqueza,
nem por isso você é melhor,
nem por isso, eu resolvi concorrer;

Não vou disputar a atenção lá fora,
porque os que eu quero,
estão aqui dentro,
e desculpe, pelos dias que confiei no mundo;

Não adianta você ter um milhão de pessoas ao seu redor,
se tudo o que elas querem é uma notícia no jornal,
não adianta ser engraçado,
se tudo o que elas querem é rir do momento em que você fala sério;

Tristeza é quando a sinceridade vira motivo de piada.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

- agora, sou pó de vidro -

(sobre os poemas que não vem, e da diversão que você tinha sem mim)


Com o tempo o brilho se perde
,

E não é culpa minha ou sua,
E não é culpa de nada ou de alguém,
Porque não existe o que culpar,

é simples como a opinião alheia,
é fácil como o vento se tocar,
mas a gente sempre tenta esconder o óbvio,
de que não adianta amar;

Eu tentei te explicar,
As coisas que estou fazendo por nós,
Você nunca quis me entender,

é puro como a natureza,
vazio como o interesse dos outros,
mas a gente sempre tenta esconder o óbvio,
de que não adianta amar;

Por que você sempre diz isso?
porque o meu silêncio te incomoda,
Eu só queria entender,
você não vai nunca saber;

Com o tempo o brilho se perde,
é, com o tempo o brilho se perde;



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

[- of words]

Você vai me ver andando e vai rir,

era passagem, passado, passageiro,
e se quero, ou queria, não vai mudar,
da vida que levo eu levei a saudade,
saudade daquelas conversas pra sempre,
e eu que não tenho que ouvir o nome dele sempre,
ouço, sei,
não, não posso concorrer com o mundo,
porque demorei para estar,
porque não achei que fosse apenas estar,
achei que fosse ser;

Fui ter com a principal,
descendo a ladeira das noites mal dormidas,
cá entre nós,
foi melhor que o tempo de colégio,
a gente cresce e perde toda a graça,
e enjoa do mundo como da bebida,
vomita e volta a beber,
e sabe,
eu achei que fosse;

Ao menos sei que te dei estórias pra uma vida,
e razões pra rir,
e confusões na mente que sempre vão durar,
é certo que a minha certeza de me perder em ti,
aconteceu,
desde que te vi,
então sentei ali e disse:
- quero você,
você nunca soube,
mas é desde o começo assim,
e se não fiz, ou se fiz demais,
desculpe, eu pensei que fosse ser;

Vou ter pra sempre o teu gosto,
e vou me atormentar pelo resto do tempo,
até,
até,
até eu descobrir o que fazer,
não me interessa deixar,
nem quero ir daqui,
mas eu que não tenho que ouvir o nome dele sempre,
ouço, sei,
não, não posso concorrer com o mundo,
só por isso;
você vai me ver andando e vai rir,


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Amor é aquilo que se perde,

Deviam ser umas sete e pouco,
te encontrei por acaso,
de poucas palavras praticamente não me disse nada,
então entendi o que queria dizer,
e disse tudo o que não queria ouvir,
porque pior do que a glória de ouvir,
é a derrota de não conseguir ouvir quando o silêncio diz,
aí, até eu entender tudo demorou,
e demorou demais pra nós,
demorou pra mim,
e enquanto demorava eu estava ali,
todos os dias querendo,
e como alguém que so quer a água,
eu sentava perto do rio,
e nem me dava conta do que era aquilo,
e até eu entender o que era,
descobri que amor,

amor é aquilo que se perde;
e vira o ano,

vira a vida e o que?

depende de tudo,
depende de todos,
e eu?

será que tenho um novo amor,
será que tenho um novo amigo,
será?
e se será, vai depender do que?

então me diz porque saber,
porque saber do amanhã,
o que é nunca vai ser,
no final é só;

e vou estar só,
porque,
porque eu não sei,
e não me pergunte;

depende de tudo,
depende de todos,
e eu?
eu vou estar

(ponto)