segunda-feira, 22 de novembro de 2010

[do abraçar dos dias]

o que vai ser eu nunca vou saber,

o amanhã desaparece a frente dos meus olhos,
os dias são sempre diferentes, e por alguma razão eu passei a ter medo disso,

talvez, esteja acostumado com o cinza,
e com a forma de rezar o mesmo terço,
e agora, agora tem sido bom,
tem sido diferente;

por isso não me importo com as pendências da vida,
e com as comparações dos dias,
apenas seja mais um dia,

porque o que vai ser eu nunca vou saber,

não existe fim nem começo em tudo isso,
e quem sou eu pra falar disso,
fazem mais de mil semanas que não falo,
então por favor, não me deixe falar;

nas vezes em que olho pra você,
percebo uma quantidade de coisas que você quer me dizer,
e percebo também um outro tanto que você não quer me dizer,
então da vida, só os dias que são, sempre serão;

o amanhã nem existe,
e o daqui a pouco sempre será uma dúvida,
no entanto me sinto feliz,
e isso é bom pra mim;

e se por acaso alguém me perguntar o que é,
vou dizer que é o tempo e a vida,
e as palavras que eu não deveria dizer,

e se perguntarem o que vai ser disso,
então eu ficarei sem resposta,
porque o que vai ser eu nunca vou saber,







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