segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Desculpe,

Sou mais bobo que os outros,
sinto mais saudade talvez,
quando não se tem razão pra sentir,
talvez seja a madrugada,
talvez seja a memória,
talvez seja o tanto que gosto de estar contigo,
talvez seja a vida.

E eu, independente de amor,
auto-suficiente de qualquer sentimento,
naquele nosso discurso egoísta,
na minha falta de sono,
penso o quanto queria você aqui,
mas eu, eu não tenho a melhor vida,
não tenho nem o melhor espaço em mim,
nem meu colchão.

E te dou razão,
quando você me pergunta,
como consigo viver aqui sem a TV.
Eu não consigo,
essa é a resposta,
porque até uns dias atrás conseguia,
agora não.

Mas reluto contra tudo isso,
contra a dependência,
embora o gosto do teu beijo,
seja a melhor coisa que provei,
e me diz,
o que é isso?
Deixei de ser moleque,
sei deixar e perder.

Então se for pra você ir,
não vá de repente,
porque não foi de repente que você veio,
mas se quiser ficar,
fique, fique do jeito que quiser,
fique a vontade,
o que quiser, o que quiser.

Porque as minhas palavras são bestas,
e falo bem mais do que deveria,
mas é de criança que me sinto,
eu que sou duro,
auto-suficiente,
quero que fique,
não sei como, nem quanto tempo,
mas fique.


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