quinta-feira, 12 de agosto de 2010

- existe uma parte que morre -

sobre a morte e a metade da vida que ainda restou,

à todas as pessoas,


Eu não sinto.

(A última vez que senti)

Não pense que eu não sou razão,
nem pense que faço tudo por alguma razão.
Sou sem sentido,
e não quero nada dessa vida mais.

(A última vez que quis)

Se hoje te deixo,
é com um arrependimento morto,
e sob a fumaça das cinzas de algo que um dia foi.
Soube enxergar o teu choro,
que agora logo vai passar.

Eu não vou me entregar,
porque da vida aprendi a dureza,
você me ensinou a ser imortal,
e a suportar a pior dor que senti.
A dor da decepção.

O que um dia foi, nunca vai deixar de ser,
aqui no meu mundo nada passa.
Mas eu sei quando acaba.
Não quero ter certeza de nada daqui pra frente.

(A última vez que tive certeza)

E era uma certeza de amor.
Mas agora são só cartas,
e palavras dizendo que não fui amor.

Tem pessoas me escrevendo,
outras dizendo me amar,
outras com saudade de mim.
Outras ainda me odiando.
Mas eu tenho algo a dizer sobre tudo isso,
sobre todos os meus sentimentos.

Eu não sinto.

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