sábado, 21 de agosto de 2010

A solidão que toma a alma

O salário do pecado é a morte - sobre erros que duram pra sempre, sobre amor.

Para si só segredos,
de vidas que passaram,
me restou a dúvida se você algum dia me amou,
nunca eu, seria capaz de perdoar,
não você, mas a mim mesmo;

Meu coração que morra triste,
por te jogar num quarto escuro,
te fazer perder a razão,
te fazer descrer da verdade de mim,
eu que morra só;

Pelas dores que causei ao mundo,
e pelo lixo que acumulei numa só vida,
meu dinheiro já não compra nenhuma outra opção,
a opção agora é correr,
correr do fim que você traz de bandeja a mim;

Inevitável razão pelo meu choro,
eu, que sou imortal,
porque perdi meu coração,
por tu isso que a vida me deu,
vou vagar pela eternidade sem rosto;

Não tenho ao meu lado esperança,
nem a felicidade que busquei contigo,
errei para sempre,
como quem mata,
e não pode ressuscitar;

Pelas glórias deste tempo,
eu queria voltar a ser criança,
começar tudo de novo,
porque eu sei, melhor do que ninguém,
que não vou saber recomeçar daqui.

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