domingo, 27 de junho de 2010

- palavras pra não se entender -

da abstração da coisas à certeza que é certo que virá

Como quando a gente é criança,
quando cresce também tem medo;


Era bem tarde da noite, olhando a lua cheia no céu,
percebi o quanto se deve viver,
não que não houvesse percebido antes,
mas era sobre uma vida diferente.


Tinha a lembrança da alegria e da profundidade das palavras ouvidas,
então relaxei e refleti,
porque por alguma razão gosto de ouvir teus conselhos,
mesmo que sejam simples e fáceis de dizer,
aprendi a pontuar as frases.
Devagar estou aprendendo a não ter medo da chuva,
embora a altura e o vento queiram me fazer voltar,
porque não sei voar,
não sei mergulhar de cabeça,
mas sei aprender.
E cada dia que a gente se prende ao medo,
vem uma coisa que atrapalha o mundo,
atrapalha os planos,
mesmo que seja só a ideia de se ter planos,
talvez eu vá embora daqui.
Porque o clamor nos meus ouvidos é forte,
só queria saber se acabou,
só queria saber se é só isso que tenho que fazer;
Amanhã vou ter que acordar,
mas agora, agora vou dormir fora de casa.
Pra passar o frio que tenho que sentir,
porque cedo ou tarde as coisas vão sendo mais certas,
esta incerteza que me faz chorar,
nos dias honrosos da minha volta,
talvez melhor é que nunca tivesse voltado.
Ou simplesmente nunca, tivesse partido.

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