quarta-feira, 7 de julho de 2010

- ao meio-dia no urso -

Eu quero as bobagens de um amor simples.

Não um amor amor, porque esses amores se acabam,
mas um jeito de amar diferente,
baseado apenas naquilo que se é de verdade.

Um amor que não sinta saudade,
que não queira beijar,
mas dar um abraço longo e duradouro.

Uma composição sem uma letra fixa,
nem um ritmo certo,
sem uma voz perfeita pra cantar.

Um amor brando,
que queira apenas deitar a cabeça no colo,
e olhar as estrelas.

Que não precise mentir,
nem esconder,
apenas ser, simples.

Quero um amor sem perversão,
sem circunstâncias à mais,
somente ser algo, quando realmente for pra ser.

Não quero disputas,
nem gente emburrada por pouco,
quero um belo sorriso.

Poder ouvir problemas,
reclamações,
tudo.

Tudo de ruim também,
inclusive sobre novos amores,
a paciência dos dias futuros.

Quero um amor plano,
sem planos,
suave, doce.

Quero entender,
compreender,
ajudar.

Não quero a glória,
nem o prêmio de um novo amor.

Não quero contar as palavras,
nem controlá-las da boca.
Apenas poder dizer.

Dizer que quero estar contigo,
mesmo que não junto,
mesmo que não perto.

No simples amor simples.
Sem razão, sem pretensão.
Te encontrar.

Ao meio-dia no urso.

Um comentário:

J. disse...

Ao meio-dia no urso.