segunda-feira, 5 de julho de 2010

sobre o título da poesia

Não é a hora, nem o dia, nem o lugar.

Se venho aqui assim, é porque tenho que dizer.
Aliás, tenho que ouvir.
Eu, que achei sempre saber de tudo,
que entendia o silêncio,
hoje, só por hoje, não o entendo mais.

Me vem a dúvida de um talvez,
ou o desespero de um nunca.
Um esperado nunca.
Porque não foi a razão dos meus dias contigo.

Quem sabe foram aquelas as últimas palavras.
Fortes palavras.

Eu que pouco toco no assunto.
Falei demais.
Mas se era pra ser eu.
Então foi.
Mas se foi.

Não estou louco,
nem impaciente.
Apenas aguardo.
Tranquilo.
O tempo.

O tempo que sabe bem onde vou estar amanhã.
Escrevendo prelúdios de amor.
Que talvez nunca introduzam obra alguma.

Eu que sou o mais irresponsável e culpado pelo mundo.
Estou aflito.
Por nada ouvir.

Um comentário:

Downs 1000 disse...

muito bom, gostei do que escreveu..
o tempo, deve ser na verdade o único q sabe tudo sobre nós.
seguindo seu blog. ;)