terça-feira, 13 de julho de 2010

Corra se não for pra estar...

Da fraqueza inconstante do tempo,
o fraco amor.
Como quem já foi mais forte pra tudo.
De tempo em tempo caí mais uma folha.

De toca na cabeça e blusa de lã,
velho.
Eu que escrevi canções nos tempos do pop rock.
Fui,
inconsoladamente deixado pra trás.

Pelo óbvio.
pelo certo, pelo errado,
da maneira de se ver as coisas.

Enquanto caminho na rua.
Ao som dos carros e barulhos loucos.
Em tua direção.
Eu que não tenho sentido.

Porque é mágico esse momento.
E eu sei.
Sei que talvez minha voz não te alcance.
Pelo impossível e improvável de se acontecer.

O próprio erro em apenas ser.
Eu que queria te seguir em sigilo,
pra ninguém saber.
Que sou pena,
pela pena que as pessoas tem do meu meso-amor.

Onde as paredes são brancas,
e as pessoas são deixadas.
Puras de vida.
Longe de si mesmas.
E somente assim,
ao se perderem, se encontram.

Logo, assim.
Eu, que te encontrei na rua.
Que quase, quase.
Componho uma música pra nossa coleção confusa.
De possibilidade de vida.

Eu, nesta minha meso-vida de poemas.
queria apenas um solo de guitarra à mais.
pra fazer soar este meu desengano.
peço.





Nenhum comentário: